O testemunho de Mubarak foi solicitado no novo julgamento de um caso envolvendo alegações de que Morsi ajudou a orquestrar fugas nas prisões durante a revolta em massa com a ajuda da Irmandade Muçulmana. Os promotores alegam que membros do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e membros do Hezbollah, que ocupam vários cargos no Líbano, também ajudaram os prisioneiros.
Na época, analistas ocidentais saudaram Morsi como o "primeiro presidente democraticamente eleito" do Egito, mas seu governo durou apenas pouco mais de um ano. Em junho de 2013, protestos contra Morsi varreram o país e os militares deram aos partidos políticos no país três dias para atender às demandas dos manifestantes que pediam a saída do poder de Morsi. Morsi se recusou e os militares, liderados pelo então chefe do exército Abdel Fattah el-Sisi, tomaram o poder. El-Sisi permanece no comando desde então.
Morsi foi acusado posteriormente de incitar o massacre de manifestantes fora do palácio presidencial em 2012, de fugir da prisão em 2011, de praticar espionagem entre outros crimes. Ele foi condenado à morte em 2015. O principal tribunal de apelações do Egito, porém, anulou o veredicto, ordenando um novo julgamento no qual Mubarak testemunhou.
No início de dezembro, Mubarak era esperado no tribunal, mas não apareceu. Seu advogado, Farid al-Deeb, disse ao tribunal que, como membro das forças armadas, Mubarak também precisava obter permissão dos superiores militares antes de testemunhar.