De acordo com o ex-capitão do Exército Brasileiro, as "expectativas são as melhores" em um "momento inédito" tanto para Brasília quanto Tel Aviv, dada a perspectiva de alinhamento entre os dois governos neste momento.
Espero a chegada e visita do Primeiro-Ministro @netanyahu . Nos reuniremos e discutiremos novos rumos para nossas nações. As expectativas são as melhores para este momento inédito de nossa história. 🇧🇷🇮🇱
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 27 de dezembro de 2018
Bolsonaro aproveitou ainda para defender o desenvolvimento tecnológico israelense, que poderá ajudar a população brasileira, de acordo com o presidente eleito.
Israel é referência mundial em tecnologia para diversos serviços e isso nos interessa. Não há razão para criticar o diálogo, muito menos quando a crítica vem de quem nada fez, só destruiu e roubou o país. Queremos o melhor para o Brasil e para a população brasileira!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 27 de dezembro de 2018
Contudo, o anúncio foi alvo de críticas porque já existe tecnologia nacional para tal processo, desenvolvido pela Embrapa e empregado há alguns anos em regiões de forte seca no Nordeste.
Diante das queixas, o vereador fluminense Carlos Bolsonaro (PSL) defendeu o pai, destacando que a imprensa teria se focado exclusivamente na questão da dessalinização, desprezando outros possíveis negócios que poderiam ser proveitosos aos dois países.
Percebam que uma série de acordos e inovações podem surgir diante da aproximação comercial entre Brasil e Israel, mas a parte da imprensa podre se apega somente a dessalinização da água, para desmerecer propositalmente os demais assuntos e proveitosos para ambos países.
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 27 de dezembro de 2018
Na quarta-feira, a embaixada de Israel no Brasil desmentiu que Netanyahu não permaneceria no país para a posse de Bolsonaro, marcada para 1º de janeiro de 2019. Envolto em investigações de corrupção e disputas políticas, o premiê israelense está sob pressão em seu país.
A chegada de Netanyahu marca a primeira visita oficial de um primeiro-ministro de Israel ao Brasil desde a fundação do Estado judeu, em 1948. Durante o governo do presidente Michel Temer (MDB), o Brasil acabou "ignorado" por Netanyahu, que visitou a Argentina antes da Assembleia Geral da ONU. À época, a diplomacia israelense alegou que as incertezas na política brasileira impediram que uma vinda dele ao país fosse possível.