A lei marcial de 30 dias que vigorou em várias regiões ucranianas localizadas perto da fronteira russa, e as costas do Mar Negro e do Mar de Azov, terminou na quarta-feira (26).
A lei marcial foi imposta no país após navios militares da Ucrânia atravessarem ilegalmente a fronteira marítima russa enquanto navegavam em direção ao Estreito de Kerch, a entrada do Mar de Azov. Os navios ucranianos e suas tripulações foram detidos pela Rússia devido ao fato de que não responderam as exigências legais pedindo que parassem.
Em 2014, o parlamento ucraniano votou pelo abandono do status de país não-alinhado e pelo trabalho em prol da adesão à OTAN. Em 2017, o parlamento ucraniano definiu a participação na aliança militar como o objetivo estratégico da política externa do país.
Ainda em 2017, a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou o fornecimento de armas para a Ucrânia. No ano seguinte, em 2018, a Ucrânia recebeu US$ 40 milhões em armas letais e outros equipamentos militares dos Estados Unidos, Lituânia, Reino Unido e Canadá.
Moscou fez diversos alertas contra o fornecimento de armas à Ucrânia, dizendo que isso resultaria em uma escalada do conflito militar na região leste de Donbass, que ocorre desde 2014. Essa postura também foi apoiada por vários oficiais europeus.