Em seu último discurso contra a Igreja Católica, Duterte começou zombando da Santíssima Trindade – do Pai, do Filho e do Espírito Santo –, ou três expressões de uma essência divina.
"Há apenas um Deus, ponto final. Você não pode dividir Deus em três, isso é bobagem", opinou Duterte na cidade de Kidapawan.
"Você já está orando em um só Deus, então você vai orar por esses santos amaldiçoados. Há apenas um Deus", acrescentou o presidente das Filipinas.
O líder de 73 anos aumentou sua retórica quando se tratou da crucificação de Jesus Cristo, usando uma linguagem extremamente vulgar para atacar o que bilhões em todo o mundo consideram o plano divino de salvação da humanidade através do sacrifício de seu filho.
"Seu Deus foi pregado na cruz. P****! Quão inexpressivo", comentou Duterte, falando em tagalo.
"Eu sou Deus e você vai me crucificar? Filho da p***. Eu diria a eles: Trovão, termine com todos eles. Queime todos os não crentes", prosseguiu.
Duterte não parou por aí, continuando seu discurso com um ataque contra a veneração dos santos e a crença em sua intervenção divina.
"Santa Catalina, Santa Ana, São Tomás, São Sebastião, São Rodrigo, eles não são nada… eu não os conheço. Olha, esses documentos foram escritos — se foram — 3.000 anos atrás. Por que eles se importariam com nossas vidas agora?", avaliou.
O presidente filipino, que revelou em 2015 que foi molestado por um padre quando era jovem, frequentemente critica a instituição da Igreja Católica, que por sua vez continua a argumentar contra sua liderança e suas políticas antidrogas cerebrais.
Suas duras declarações contra o Vaticano provocaram repetidas condenações da comunidade cristã em todo o mundo.