A retirada americana gera incertezas no investimento projetado para a reconstrução do país árabe pela China, informa o jornal The South China Morning Post.
Alguns especialistas acreditam que isso provavelmente elevará a instabilidade na Síria, além de poder significar uma mudança no pensamento estratégico americano, pois poderá ficar mais atento à região Indo-Pacífica, realizando uma reconsideração de suas políticas nessa região.
Ele também ressalta que a retirada das tropas poderia piorar a situação relacionada à segurança no país, causando um aumento dos riscos para as empresas chinesas e dificultando a cooperação econômica com a Síria, Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
A China comerciava e investia na Síria até 2011, quando o comércio bilateral entre os dois países alcançou US$ 2,4 bilhões (R$ 9,3 bilhões), porém, quase todas as empresas chinesas deixaram ou suspenderam as operações na região.
Perante esta situação, a China adotou algumas medidas, como a proposta de um plano de reconstrução econômica da Síria, que se iniciaria com a construção de um polígono industrial no país capaz de abrigar até 150 empresas chinesas.
Com isso, o especialista conclui que a retirada das tropas dos EUA poderia significar que o Oriente Médio perdeu importância estratégica para os Estados Unidos e que eles prestam mais atenção à região Indo-Pacífica, considerando que a China já é o principal desafio a longo prazo.