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Corrupção: Netanyahu descarta renunciar mesmo se indiciado pela Justiça israelense

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensBenjamin Netanyahu
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira que não renunciará se fosse indiciado por acusações de corrupção, enquanto a polícia continua investigando vários casos que o envolvem antes das eleições de abril.

Netanyahu afirmou não renunciaria "no caso de ser convocado para uma audiência pelo promotor geral antes das eleições", um passo necessário antes de ser formalmente acusado.

O premiê veterano fez a declaração em uma conferência de imprensa transmitida online do Rio de Janeiro, no Brasil, onde ele está em uma visita oficial.

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Netanyahu não precisaria renunciar se fosse acusado em qualquer um dos três casos de suposta corrupção, mas provavelmente enfrentaria intensa pressão política para fazê-lo.

"Não tenho intenção de renunciar, em primeiro lugar porque não haverá nada [para vir das investigações), em segundo porque a lei não me obriga a fazê-lo", declarou Netanyahu no Rio de Janeiro.

"Isso seria uma grave violação da democracia israelense", acrescentou.

A decisão do procurador-geral sobre as acusações é esperada nos próximos meses e analistas dizem que a decisão de Netanyahu de convocar eleições antecipadas foi uma manobra hábil para combater qualquer acusação com um novo mandato.

O primeiro-ministro de Israel nega todas as acusações e pesquisas mostram que seu partido Likud provavelmente vencerá as eleições de 9 de abril.

Em sua ação mais recente, a polícia recomendou que Netanyahu fosse indiciado por causa de benefícios regulatórios supostamente concedidos à empresa de telecomunicações Bezeq em troca de uma cobertura positiva de uma empresa de mídia relacionada.

Segundo a imprensa de Israel, há evidências suficientes sobre o caso para acusá-lo de corrupção.

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Em fevereiro, os investigadores recomendaram que ele fosse indiciado em outros dois casos.

Em uma delas, as alegações contra Netanyahu incluem a busca de um acordo secreto com o editor do jornal de Israel, Yediot Aharonot, para garantir uma cobertura positiva em troca de uma lei que limitaria a circulação de uma publicação rival.

Outra investigação envolve suspeitas de que o premier e sua família receberam presentes de luxo de pessoas ricas em troca de favores financeiros ou pessoais.

Netanyahu está no Brasil para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) nesta terça-feira. Ele é o primeiro premiê israelense a visitar o Brasil.

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