De acordo com a edição The Drive, o projeto começou na China em 2006. Além de uma antena gigante na região de Huazhong, em vários locais do país surgiram centros de entrega e processamento de dados. Dado que as ondas de frequência extremamente baixa penetram profundamente no solo, os dados de antenas ELF podem ser utilizados para prospecção principalmente de hidrocarbonetos e metais raros. Além disso, o ELF é usado para controlar movimentos debaixo da crosta terrestre, ajudando na previsão de terremotos.
Схема размещения объектов китайской сети сверхнизкочастотной связи. Фото South China Morning Post. pic.twitter.com/qA6lvEpQGL
— Ivan O'Gilvi (@o_gilvi) 1 de janeiro de 2019
Esquema de posicionamento de objetos da rede chinesa de frequências extremamente baixas. A foto é do South China Morning Post
Porém, segundo indicou o portal, as ondas extremamente baixas podem penetrar não somente no solo, mas também na água. Esta característica as tornou um meio popular de comunicação com submarinos, sendo a única forma de manter a comunicação sem subir à superfície.
"O projeto terá uma grande importância caso haja uma guerra", comentou à edição Chen Xiaobin, funcionário do Instituto de Geologia.
Vale ressaltar que a China possui a maior frota submarina do mundo, composta por 84 submarinos diesel-elétricos e nucleares. Em novembro de 2018, o submarino Type 094 Jin efetuou um lançamento de teste de um míssil balístico de nova geração JL-3, capaz de atingir alvos na parte continental dos EUA. De acordo com os dados da inteligência norte-americana, a China possui em serviço quatro submarinos nucleares do tipo Jin, tendo ao mínimo dois outros em construção.