Em uma postagem na sua página no Twitter, Bolsonaro voltou a indicar o que já disse no passado: que tribos indígenas querem acesso a serviços que a maioria da população possui nas cidades, e que há uma "indústria da demarcação" no país.
"Mais de 15% do território nacional é demarcado como terra indígena e quilombolas. Menos de um milhão de pessoas vivem nestes lugares isolados do Brasil de verdade, exploradas e manipuladas por ONGs. Vamos juntos integrar estes cidadãos e valorizar a todos os brasileiros", declarou.
Mais de 15% do território nacional é demarcado como terra indígena e quilombolas. Menos de um milhão de pessoas vivem nestes lugares isolados do Brasil de verdade, exploradas e manipuladas por ONGs. Vamos juntos integrar estes cidadãos e valorizar a todos os brasileiros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 2 de janeiro de 2019
Com o governo Bolsonaro, a FUNAI vai deixar a órbita do Ministério da Justiça e estará vinculada ao Ministério da Agricultura, o que já é fortemente criticado por organizações indígenas, que acreditam que esta pasta é controlada pelo grupo de pressão de grandes proprietários de terras, cujo interesses entram em conflito diretamente com o dessas comunidades.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu não demarcar "mesmo um centímetro" das terras indígenas, e também fez declarações racistas sobre o quilombo, dizendo que aqueles que lá vivem "não servem para procriar", entre outros comentários ofensivos.