O percentual é um indício de que os negócios podem melhorar no governo do presidente Jair Bolsonaro, segundo Marcelo Tesserolli, Professor de Turismo das Faculdades Hélio Alonso.
"Sem dúvida, o que a gente espera é que o novo governo possa gerar mais oportunidade, mais possibilidades de se empreender do turismo. (…) A manutenção do Ministério do Turismo nesse novo governo é uma medida muito interessante, fortalecendo a área do turismo", afirmou.
Marcelo Tesserolli apontou que o setor do turismo no Brasil sofreu uma espécie de "recessão" após a realização da Copa do Mundo de 2014.
Já para o presidente da ABBTUR (Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo), Elzário Pereira Júnior, o que está em crise não é o setor do Turismo em si, mas sim o setor de hotelaria.
"Eu não posso dizer que o setor do turismo foi impactado, a hotelaria pode ter sido impactada, uma área do turismo pode ter sido impactada sim nos últimos anos com a crise, com instabilidade dos preços, falta de otimismo dos consumidores", comentou.
Elzário Pereira Júnior explicou, por exemplo, que houve um aumento de pessoas se hospedando em meios alternativos e isso pode ajudar no impacto negativo para o setor hoteleiro.
"Isso não deixa de ser turismo, isso não deixa de ser turista, ele consome na cidade de qualquer forma. Ele consome transporte, alimentação, ele consome entretenimento o tempo inteiro. Existe uma distribuição da economia através da utilização desses outros setores, é preciso relativizar essa ideia", pontuou.
Dados da Análise da Malha Aérea Internacional da Diretoria Competitiva e Promoção Turística da Embratur revelaram que 63.788 voos internacionais foram registrados no Brasil em 2018, um crescimento de 8% em relação ao observado durante todo o ano de 2017.