Irã cita 'perda de paciência' com falta de acordo com UE para driblar sanções dos EUA

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A União Europeia (UE) ainda não introduziu um canal de pagamento independente para contornar as sanções americanas contra o Irã por causa do domínio do dólar e da dependência da economia europeia dos EUA, declarou uma importante autoridade diplomática iraniana.

Bruxelas prometeu continuar fazendo negócios com a República Islâmica após a retirada dos EUA do acordo nuclear, assinado entre Teerã e as principais potências mundiais, que levou à reintrodução de medidas punitivas contra o Irã no ano passado.

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O bloco de 28 países tem trabalhado na criação de uma câmara de compensação, conhecida como veículo de propósito especial (SPV), para facilitar as transações financeiras e o comércio não-dólar com o Irã. Em dezembro, a chefe de política externa da UE disse esperar que o mecanismo seja estabelecido antes do final de 2018. No entanto, nenhum progresso significativo foi feito desde então.

Enquanto isso, a paciência de Teerã está se esgotando e é hora de Bruxelas tomar sua decisão estratégica, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, no último sábado.

"O domínio do dólar, bem como a interconexão das economias da UE e dos EUA, está entre as razões por trás do atraso do SPV", analisou Qasemi. Ele acrescentou que o próprio bloco é "cativo e refém da economia dos EUA" e citou as ameaças de Washington às companhias europeias como outro fator-chave que impede o progresso do SPV, segundo a agência estatal de notícias IRNA.

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Apesar dos esforços dos políticos europeus para garantir a Teerã que manterão o acordo, oficialmente conhecido como Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), nenhum país se ofereceu para sediar o SPV até agora.

A UE também ativou legislação para proteger as empresas europeias de restrições econômicas impostas pelos EUA ao Irã. No entanto, a medida não impediu que os gigantes das empresas do continente, incluindo a Total, Volkswagen, Daimler, Peugeot, Renault e Siemens, se retirassem do país.

Os EUA foram rápidos em pressionar seus aliados europeus depois que anunciaram sua intenção de proteger o comércio com a República Islâmica. Em novembro, o enviado especial dos Estados Unidos para o Irã, Brian Hook, alertou que os bancos e as empresas europeias que participam do mecanismo estarão sob o risco de novas medidas repressivas impostas pelos EUA.

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