Refoyo esclarece que o medo da guerra tende a ser explorado com o propósito de cercear liberdades e condições de vida dos cidadãos.
Segundo o analista, a consciência de "pelo menos nos grandes países" de que eles perderão tudo se a escalada atingir o ponto nuclear é o que impossibilita um apocalipse nuclear. No entanto, essa "conversa fiada" das lideranças mundiais serve como cortina de fumaça para esconder problemas e inimigos internos.
Conforme Refoyo, a revolta dos "coletes amarelos" na França é apenas uma faísca que tende a incendiar os ânimos dos cidadãos dos países da União Europeia devido ao aumento contínuo do custo de vida e as crescentes restrições de direitos e liberdades. Diante desse cenário, as autoridades elegem bodes expiatórios como a Rússia para desviar atenção da população, o que também tem se mostrado inútil. Os ataques ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, tiveram um efeito contrário: a popularidade de Putin disparou entre o povo russo, ressalta Refoyo em conversa com a Sputnik Mundo.
Em sua análise, o cientista político também previu um agravamento dos "problemas trabalhistas e de segurança", referindo-se ao terrorismo, e um aumento da retórica de uma guerra nuclear em circunstância em que "todo mundo tem armas e todo mundo quer usá-las".