A defesa e a acusação chegaram a acordo de que Segev seja condenado a 11 anos de prisão por "espionagem grave" e por "transferência de informações para o inimigo". O tribunal ainda não aprovou formalmente a sentença de prisão negociada com o ex-ministro.
O serviço de segurança interna Shin Bet de Israel comunicou, na época, que o médico e ex-ministro da Energia (1995-96) Gonen Segev havia sido recrutado pela inteligência iraniana quando morava na Nigéria e "servia como agente".
Segundo o comunicado, Segev havia recebido um sistema de comunicações criptografadas de agentes iranianos e forneceu ao Irã "informações relacionadas ao setor energético, locais de segurança em Israel e responsáveis por instituições políticas e de segurança".
Em 2004, o médico, que teve sua licença cancelada em Israel, foi preso por tentar contrabandear pílulas de "ecstasy" para Israel e deixou o país em 2007, após sua libertação da prisão.
De acordo com as autoridades israelenses, o ex-ministro foi preso em maio de 2018 durante uma visita à Guiné Equatorial e extraditado para Israel.
Jerusalém trava há muito tempo uma guerra contra Teerã, que apoia guerrilheiros islâmicos na Faixa de Gaza e no Líbano, enquanto o Irã acusa Israel de ser o responsável por atos de sabotagem e assassinatos de cientistas envolvidos em seu programa nuclear.