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Agenda de Bolsonaro já influencia governo Macri na Argentina, diz mídia

© Sputnik / Vladimir Astapkovich / Acessar o banco de imagensMacri durante a cúpula dos Brics, em 2018.
Macri durante a cúpula dos Brics, em 2018. - Sputnik Brasil
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Temas muito exaltados pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro, a imigração e a segurança também ganharam força na agenda do mandatário argentino Mauricio Macri, que pode fazer um movimento mais à direita de olho na sua reeleição em agosto deste ano.

Segundo artigo publicado pelo jornal El Cronista, os dois temas ganharam fôlego em Buenos Aires depois da eleição de Bolsonaro no Brasil. A facilitação de processos de expulsão de imigrantes e de redução da maioridade penal devem avançar nos próximos meses no país.

Mauricio Macri, presidente de Argentina - Sputnik Brasil
Macri viajará ao Brasil para se encontrar com Bolsonaro na próxima semana

"O governo anunciou que busca agilizar os procedimentos para expulsar estrangeiros que cometem crimes no país. Esta iniciativa foi apoiada pela ministra de Segurança, Patricia Bullrich. Mas o chanceler Jorge Faurie aderiu a esta onda. O ministro disse à rádio Mitre que 'a ideia é que eles podem ser expulsos porque não contribuem para o bem-estar da sociedade'", informa a publicação.

Além disso, a ministra de Macri enviará ao Congresso uma proposta para "criar um novo sistema de responsabilidade criminal juvenil, que reduziria a idade de atribuição de 16 para 15 anos", em uma iniciativa semelhante ao que Bolsonaro promete sugerir ao Congresso brasileiro, reduzindo a maioridade penal de 18 para 17 ou 16 anos.

Patricia Bullrich foi alvo de críticas com o programa chamado Restituir, que reintegrou 11 agentes de segurança que haviam sido demitidos, o que gerou críticas por parte de entidades de direitos humanos argentinas.

Com baixa popularidade e sob críticas, Mauricio Macri vem ao Brasil no próximo dia 16 de janeiro para se encontrar com Bolsonaro. Dentre os temas a serem abordados deverão estar a situação na Venezuela e a facilitação de acordos bilaterais, hoje dificultados pela política multilateral do Mercosul.

Não admitida pelo governo argentino, a influência de Bolsonaro em Buenos Aires pode indicar os rumos não só do governo Macri, mas também das primárias argentinas, marcadas para 11 de agosto – o primeiro turno acontece em 27 de outubro. O atual presidente será candidato à reeleição.

"Parece que nestas eleições todos competem para ver qual é o mais Bolsonaro. Remo contra a corrente em tudo isso, mas não vou mudar minha posição por mais que alguns daqui estão aplaudindo Bolsonaro", declarou a ex-deputada Margarita Stolbizer, do partido social-democrata Geração para um Encontro Nacional (GEN).

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