A Rússia afirmou que o objetivo da desdolarização é melhorar a integridade da economia russa, protegendo-se da onda de sanções dos EUA.
No final de julho de 2018, o Banco Central russo reduziu a parcela do dólar em suas reservas internacionais para 24,4%, ao mesmo tempo que aumentou as ações em euros e yuans para 32% e 14,7%, respectivamente, segundo avaliações bancárias.
Segundo a pesquisa, o maior rendimento entre as carteiras de ativos em moeda, entre junho de 2017 e junho de 2018, foi demonstrado pelo yuan, com 3,2% ao ano, enquanto o rendimento do dólar dos EUA foi de 0,35 %. Já o volume de moeda estrangeira e ativos de ouro do Banco Central da Rússia aumentou de US$ 40,4 bilhões (R$ 148,71 bilhões) para US$ 458,1 bilhões (R$ 1686,22 bilhões) no mesmo período.
Com relação às sanções e tentativas americanas de usar o dólar como instrumento de pressão, no final de novembro, o presidente russo Vladimir Putin observou que os EUA "não estão atirando no próprio pé, mas sim um pouco mais alto".
"Não temos o objetivo de nos afastarmos do dólar, somos forçados a fazer isso. Deixe-me assegurar-lhe, vamos fazer isso […] Nós simplesmente não queremos fazer nada súbito que nos prejudique […] nós não estamos deixando o dólar, o dólar está nos deixando", afirmou Putin.
Moscou explicou que a principal motivação por trás do movimento é estimular o crescimento econômico e proteger a economia das sanções dos EUA.