Algumas autoridades americanas "fingem que estão loucas" e são "idiotas de primeira classe", afirmou Khamenei em um discurso na cidade de Qom, no centro-oeste do Irã, na última quarta-feira. Os comentários foram publicados posteriormente em sua conta no Twitter.
Some U.S. officials pretend that they are mad. Of course I don't agree with that, but they are first-class idiots.
— Khamenei.ir (@khamenei_ir) 9 de janeiro de 2019
"Alguns funcionários dos EUA fingem que estão loucos. Claro que não concordo com isso, mas eles são idiotas de primeira classe".
"Às vezes o inimigo fala como um palhaço", continuou, observando que "uma autoridade dos EUA" disse recentemente que Teerã deveria aprender sobre a observação dos direitos humanos na Arábia Saudita.
"Como podemos chamá-lo, mas um palhaço?", prosseguiu.
Khamenei também escreveu que as sanções impostas ao Irã no passado permitiram à nação "florescer" e que o país "sairia desta fase".
No início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, alertou que Washington estará "redobrando" os esforços diplomáticos e comerciais para colocar "uma pressão real sobre o Irã" no futuro próximo.
Teerã e Washington estão presos em uma disputa diplomática desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se retirou unilateralmente do Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA) sobre o programa nuclear iraniano. Ele chamou o acordo de "defeituoso em seu núcleo" e citou a desconfiança em relação ao Irã.
A ação de Trump foi criticada pela União Europeia (UE), Rússia e China, que também são signatários do acordo. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), encarregada de monitorar o programa nuclear do Irã, informou que o país está cumprindo o acordo.
A Casa Branca reativou sanções contra a energia iraniana e o setor bancário, com funcionários indicando que as restrições visam a eliminar o comércio de petróleo de Teerã. A liderança da República Islâmica criticou as sanções como não provocadas e ilegais sob a lei internacional e prometeu retaliar.