O ministro britânico da Defesa, Gavin Williamson, disse ao jornal Sunday Telegraph no mês passado que Londres está trabalhando nos planos de construir duas novas bases estrangeiras "nos próximos dois anos" depois que o país deixar a União Europeia (UE).
Williamson não especificou onde as bases poderiam ser construídas, mas o jornal informou que as opções incluíam Singapura ou Brunei, perto do mar do Sul da China, e Montserrat ou Guiana, no Caribe.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, descreveu nesta sexta-feira os comentários de Williamson como desconcertantes e advertiu que tais planos poderiam desestabilizar os assuntos mundiais.
"É claro que a Grã-Bretanha, como qualquer outro país, é independente quando se trata de seus planos de construção militar. Mas contra o pano de fundo das crescentes tensões militares e políticas no mundo […] declarações sobre o desejo de aumentar sua presença militar em países terceiros são contraproducentes, desestabilizadores e possivelmente de natureza provocativa", afirmou.
"No caso de quaisquer medidas que representem uma ameaça à segurança da Rússia ou de seus aliados, nosso país se reserva o direito de tomar medidas apropriadas de retaliação", acrescentou.
A Rússia tem bases militares em vários países da antiga União Soviética e opera instalações militares na Síria e no Vietnã.