Segundo o analista, a Europa é incapaz de organizar uma proteção eficaz contra as armas nucleares russas de modo independente. Por isso, é necessário um potencial militar mais poderoso, que somente os EUA podem fornecer.
O cientista político ressalta que, no futuro, a importância da defesa antimíssil para a segurança europeia aumentará em decorrência do desenvolvimento de novos tipos de armas na Rússia. Em particular, ele refere os mísseis de cruzeiro 9M729, que supostamente violam o Tratado INF e são capazes de atingir alvos distantes da OTAN.
Além disso, o analista enfatiza que um dos principais objetivos de Moscou foi alegadamente desestabilizar politicamente o Ocidente, por isso, é necessário anunciar abertamente todas as medidas militares, manter a Aliança unida, assim como ter "o controle das armas para manter a intimidação".
Na administração Trump, há partidários da implantação de mísseis norte-americanos na Europa, mas o principal obstáculo agora é o problema do financiamento, segundo Thraenert.
Nos últimos anos, Moscou e Washington têm se acusado regularmente de violar o Tratado INF. A Rússia declarou repetidas vezes que cumpre rigorosamente todas as obrigações dos termos do acordo. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que a Rússia tem sérios questionamentos em relação à implementação do Tratado pelos próprios norte-americanos. Segundo ele, as acusações dos EUA são infundadas, uma vez que o míssil 9M729 foi testado no alcance permitido pelo acordo.
Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou que a Rússia tem dois meses para "retornar ao cumprimento" do Tratado INF, acrescentando que, em caso contrário, Washington se retirará do acordo.