Em cartas enviadas a várias empresas alemãs, o diplomata lembrou que os EUA "se opõem firmemente" o gasoduto para fornecer gás russo à Alemanha através do mar Báltico. Grenell disse que a participação do projeto teria "sérias consequências geopolíticas" para os aliados e parceiros europeus de Washington.
"Sublinhamos que as empresas envolvidas na exportação de energia russa estão envolvidas em atividades que têm um risco significativo de sanções", lê-se no documento, apelando às empresas alemãs para "considerar o perigo que esse projeto representa para a segurança energética europeia, bem como os custos de reputação e o risco associado de penalidades".
Anteriormente, o chanceler alemão Heiko Maas, sublinhou que "os assuntos relacionados com a política energética europeia devem ser decididos na Europa, não nos EUA".
O cientista político, Mikhail Smolin, rexplicou à emissora RT que a pressão exercida pelos EUA em relação ao projeto Nord Stream 2 revela a importância para o presidente dos EUA Donald Trump de "ganhar guerras econômicas específicas, batalhas em temas muito concretas".
O projeto Nord Stream 2 envolve a construção de dois gasodutos de gás da Rússia para a Alemanha, com capacidade total de 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano. O gasoduto, com um troço submarino através do mar Báltico, está orçado em cerca de 9,5 bilhões de euros (cerca de R$ 42,5 bilhões). Espera-se que seja lançado antes do final de 2019.