Segundo a edição, a cada litro de água doce, extraída do mar ou de salobras, um litro e meio de salmoura com cobre e cloro é jogado diretamente no oceano ou no solo, ocasionando surgimento de enormes zonas de água sem oxigênio, ou seja, de zonas mortas.
O volume total produzido por ano no mundo pode atingir 50 bilhões de m³ de salmoura, e essa quantidade é capaz de cobrir o estado da Flórida com uma camada de 30 centímetros.
Mais de 90% das fábricas de dessalinização pertencem às grandes potências. Isso reflete o fato de que a tecnologia continua cara, especialmente em se tratando de energia. Mais da metade de toda a salmoura é expelida pela Arábia Saudita (22%), pelos Emirados Árabes Unidos (20,2%), pelo Kuwait (6%) e pelo Qatar (5,8%).
Segundo a ONU aproximadamente uma de cada quatro pessoas vive em regiões com quantidade insuficiente de recursos hídricos, e meio bilhão de pessoas sofre com a escassez de água durante todo o ano.
A dessalinização pode ser útil para um grande número de pessoas, mas pode ser perigosa se ignorar a produção de salmoura, que se tornará um problema ainda maior no futuro especialmente porque o aquecimento global também deverá piorar a situação.
Ao mesmo tempo, modelos computacionais predizem uma diminuição do nível de oxigênio nos oceanos durante o século e um aumento no número de zonas mortas.