Na segunda-feira, um tribunal na cidade de Dalian, no nordeste da China, condenou Schellenberg à morte por contrabando de drogas. A decisão imediatamente enfrentou fortes críticas não apenas da liderança canadense, mas também da comunidade internacional, particularmente da Austrália, cujo Ministério das Relações Exteriores expressou profunda preocupação com o veredicto do tribunal.
"Posso dizer com toda clareza que não estamos preocupados em absoluto com as críticas internacionais", disse Hua.
A funcionária do governo também expressou surpresa com as críticas do Departamento Australiano de Relações Exteriores e Comércio, apontando que Schellenberg pretendia transportar drogas para a Austrália.
As autoridades chinesas, inicialmente, sentenciaram o cidadão canadense a 15 anos de prisão. No entanto, no final de dezembro, um tribunal de apelações ordenou um novo julgamento, alegando que a punição inicial era muito branda. O réu foi informado nesta segunda-feira que tinha 10 dias para recorrer da sentença de morte.
Nesta segunda-feira, o premiê do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que a China está utilizando seu sistema judicial para pressionar o seu país e retaliar a prisão de Meng Wanzhou, filha do fundador da Huawei.
No início de dezembro, Canadá, atendendo a um pedido dos Estados Unidos, prendeu a executiva da Huawei. A Justiça dos Estados Unidos solicitou a extradição de Meng por acusações de fraude em transações financeiras no Irã.