Quase dois mil militares estão envolvidos na Operação ASPIRANTEX 2019, que leva a bordo 319 Aspirantes da Escola Naval, que vivenciarão durante a missão a vida e a rotina dos navios da Esquadra que partiram do Rio de Janeiro até Montevidéu, no Uruguai.
Além disso, segundo a MB, a Operação contempla a realização de "exercícios de caráter militar, operações com aeronaves, transferência de óleo combustível e água no mar, manobras táticas entre os navios, exercícios de tiro, exercícios de combate a incêndio, dentre outros, a fim de aprimorar o adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra".
Uma das grandes novidades da comissão deste ano é a participação do mais novo navio da esquadra, o Porta Helicópteros Multipropósito (PHM) "Atlântico". Este navio Capitânia foi comprado do Reino Unido, em fevereiro de 2018, e substitui o desativado porta-aviões "São Paulo".
Desatracou hoje (11), do RJ, o Porta-Helicópteros Multipropósito "Atlântico" para a "ASPIRANTEX 2019". A Operação segue até o dia 31/01 e envolve cerca de dois mil militares, além de 319 Aspirantes da Escola Naval, que vivenciarão as rotinas dos navios. #MarinhadoBrasil pic.twitter.com/b3TGpvftSF
— Marinha do Brasil (@marmilbr) 11 de janeiro de 2019
"O Grupo-Tarefa contará com a presença do Comandante em Chefe da Esquadra (COMEMCH), o Almirante de Esquadra Alipio Jorge e será comandado pelo Contra-Almirante Fernando Ranauro Cozzolino, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra (ComDiv-2), sendo composto pelos seguintes meios da Esquadra: Porta-Helicópteros Multipropósito "Atlântico" (A140), com um helicóptero anti-submarino (SH-16) e um helicóptero de emprego geral (UH-15) embarcados; Navio de Desembarque de Carros de Combate "Almirante Sabóia" (G25), com um helicóptero de emprego geral (UH-12); Fragata "Independência" (F44), com um helicóptero de emprego geral (UH-12); Fragata "Rademaker" (F49) e a Corveta "Julio de Noronha" (V32)", informou a Marinha em um press release.
A Marinha informou que os navios estarão abertos à visitação pública nos portos de Itajaí, Paranaguá e Rio Grande.
Muitos anos de tradição
"Essa é uma das comissões mais importantes da Marinha. Cada ano tem um grupo de navios diferente, mas o escopo é o mesmo, que é adestrar os navios em diversos cenários de conflito, vamos dizer assim, e normalmente é o mesmo padrão. Obviamente que tudo tem uma evolução, cada ano é melhor que anterior, mas o padrão da importância é o mesmo há bastante tempo" disse o vice-almirante, José Renato de Oliveira, que conversou sobre o tema com a Sputnik Brasil.
"A Operação ASPIRANTEX ocorre todos os anos. A gente consegue juntar duas coisas: o adestramento de nossos navios, e a gente sempre leva os aspirantes para que eles possam aprender, ter o início do convívio com o mar, a se habituar com o mar. Então nós fazemos todos os exercícios no mar com a presença de aspirantes", explicou o Vice-almirante.
Segundo o militar, este ano também será especial para o 5º Distrito Naval da Marinha, em Rio Grande (RS), que não recebe um navio de grande porte há mais de 16 anos. O último foi o recém-aposentado porta-aviões "São Paulo".
"Vamos ter cerca de 1800 pessoas e militares a bordo da ASPIRANTEX, sendo que cerca de 300 aspirantes. Então nós estamos muito animados. É sempre bom colocar os aspirantes, porque a gente se lembra dos nossos tempos da Escola Naval", acrescentou o oficial da Marinha que também recordou do passado.
"Quando o distrito aqui no Rio Grande foi inaugurado em 1983, eu por acaso era aspirante. Eu vim na inauguração. E já vim numa ASPIRANTEX", revelou o vice-almirante.