O ministro das Relações Exteriores da China concedeu entrevista a uma edição especial do jornal People's Daily, dedicado ao 40º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos sino-americanos. Na ocasião, ele expressou o desejo de Pequim em chegar a um acordo com Washington sobre questões comerciais o mais rápido possível.
"Os dois lados precisam fazer concessões e chegar ao acordo o mais rápido possível, trazendo boas notícias para os povos dos dois países", disse Wang.
EUA e China travam uma guerra comercial desde que Trump anunciou em junho um imposto de 25% sobre o valor de US$ 50 bilhões em importações chinesas, em uma tentativa de reparar o déficit comercial dos dois países. Desde então, chineses e americanos ativaram várias rodadas de tarifas comerciais adicionais, cobrando taxas na casa das centenas de bilhões de dólares.
No final de dezembro, os Estados Unidos impuseram tarifas de aproximadamente US$ 250 bilhões em importações chinesas e ameaçaram aplicar a medida a outros US$ 267 bilhões. Para se ter uma escala do tamanho do dano, os Estados Unidos importam mais de US$ 500 bilhões em produtos da China anualmente.
Perto do final de 2018, no entanto, os dois lados também fizeram progressos em direção a um acordo. Em 1º de dezembro, durante uma reunião à margem da cúpula do G20 na capital argentina de Buenos Aires, Trump e o presidente chinês Xi Jinping chegaram a uma trégua e concordaram em desescalar a guerra comercial.
Donald Trump disse segunda-feira que os Estados Unidos chegariam a um acordo comercial com a China, dizendo que o país "quer negociar".