"Os cientistas aprenderam a modificar geneticamente plantas e alimentos. O próximo passo é a modificação genética do humano", destacou o professor de antropologia da Faculdade de Biologia da Universidade Lomonosov de Moscou.
"A engenharia genética permite ajustar os genes necessários e obter indivíduos com as características que precisam e isso não será assunto para décadas futuras, será muito mais rápido do que achamos", adicionou.
"Contudo, apesar destes protestos, a engenharia genética se transformará em parte de nossa vida em breve, pois, afinal de contas, a humanidade busca sobreviver e isso é impossível com uma procriação descontrolada e com um esgotamento de recursos naturais."
Há pouco tempo, cientistas chineses anunciaram o nascimento de duas meninas com o DNA modificado para que não contraíssem AIDS, apesar de tais experimentos serem proibidos no mundo inteiro, contou o professor.
"Neste momento estamos à beira da extinção, os recursos úteis da Terra estão diminuindo e os picos de produção de carvão e petróleo já foram ultrapassados. O problema populacional do planeta pode ser resolvido com métodos diferentes, incluídos na engenharia genética, e é evidente que ela será usada."
O antropólogo acredita que o homem do futuro terá solas dos pés parecidas com as patas de elefante (para se adaptar melhor ao caminhar) e que essa evolução é "iminente".
"O seu tamanho será menor, ele terá um colchão adiposo e a curvatura [do pé] desaparecerá, porque é desnecessária", prevê.