A empresa norte-americana Aireon concluiu uma rede de vigilância de aeronaves baseada em satélites. A Aireon lançou os últimos 10 satélites de última geração em um foguete Falcon 9 da SpaceX, elevando, assim, o número de satélites de monitoramento para 75.
O modernizado sistema de monitoramento de aeronaves deverá acabar com desaparecimento de aeronaves dos radares durante voos sobre oceano, como aconteceu com o avião malaio MH370.
"Setenta por cento do espaço aéreo mundial não é vigiado", declarou o presidente-executivo da Aireon, Don Thoma, à CBS News. "Uma aeronave voa sobre oceanos e comunica posição para o controle de tráfego aéreo a cada 10 ou 15 minutos, no mínimo, e nesses intervalos ninguém sabe onde ela está", ressaltou.
Como uma alternativa a radares terrestres com alcance operacional limitado sobre oceano, a Aireon propôs que aviões transmitam as coordenadas para satélites e, a seguir, para o controle de tráfego aéreo. A Administração Federal da Aviação dos EUA ordenou que todos os aviões fossem equipados com tecnologias necessárias para transmitir dados a partir de 2020; o mesmo prazo é indicado para aviões europeus.
O desaparecimento do avião malaio do voo MH370 continua sendo o maior mistério da aviação de todos os tempos, juntamente com a história de Amelia Earhart e o Triângulo das Bermudas.
O voo MH370, que estava sendo efetuado por uma aeronave Boeing 777, desapareceu dos radares em março de 2014 com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo a caminho da capital malaia, Kuala Lumpur. A aeronave sumiu dos radares 40 minutos depois da decolagem. A operação de busca, financiada por governos de vários países, não conseguiu encontrar nenhum vestígio da aeronave.