Segundo o autor da publicação, esses submersíveis de guerra, também denominados de Projeto 941, foram projetados para constituir a base das forças navais de dissuasão nuclear da União Soviética. Após o surgimento dos submarinos de mísseis balísticos da classe Ohio dos EUA, a União Soviética decidiu que precisava de um navio de guerra próprio para responder à iminente ameaça: assim nasceu o Akula.
Esses leviatãs da Guerra Fria foram desenvolvidos com um casco reforçado capaz de romper o gelo polar, uma grande reserva de flutuabilidade e um par de hélices blindadas para protegê-los de colisões com as espessas camadas de gelo, aponta a revista.
Como a corrida armamentista da Guerra Fria foi acima de tudo uma competição e a contagem de ogivas era importante, isso fez com que os submarinos soviéticos aumentassem suas capacidades, sendo capaz de transportar um total de 200 ogivas — mais 8 que a classe Ohio, diz o autor do artigo.
A classe Akula tinha 171 metros de comprimento, apenas cerca de um metro a mais que os seus equivalentes americanos.
Enquanto os navios de guerra Ohio tinham uma largura de 12,8 metros, os Akulas atingiam uma incrível largura de 22 metros. O resultado, destaca a publicação, era um submarino com 48 mil toneladas — o dobro do deslocamento submerso do submarino americano.
Após o colapso da Guerra Fria, a Marinha russa herdou seis submarinos Akula. Hoje, apenas um, o Dmitriy Donskoy, ainda está em serviço, tendo servido como submarino de ensaio para o desenvolvimento do novo míssil Bulava 3M14.
Trinta e dois anos após a publicação do romance, os motores a jato são hoje um dos pilares dos submarinos em todo o mundo, sendo usados por todas as classes destes navios. Os submarinos russos da classe Borei, o primeiro projeto real pós-Guerra Fria e, em muitos aspectos, o sucessor da classe Akula, também usam essa tecnologia, finaliza a edição.