"Somos a tropa profissional da Guarda Nacional contra o regime, que repudiamos completamente. Preciso de sua ajuda, vá para as ruas", disse um homem que se identificou como sargento do grupo em um vídeo publicado nas redes sociais.
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, divulgou uma declaração pouco depois dizendo que os soldados foram presos.
Antes do ataque a um centro de comando da Guarda Nacional no norte de Caracas, onde foram capturados, eles atacaram outros dois postos de segurança, pegando quatro prisioneiros e fugindo com "armas de guerra", segundo o comunicado.
"Durante a prisão, armas roubadas foram recuperadas e [os amotinados] estão fornecendo informações úteis aos serviços de inteligência e ao sistema de justiça militar", acrescentou Padrino, que disse que os rebeldes "enfrentarão a força total da lei".
A Suprema Corte, que é dominada por partidários do regime, mais tarde mirou na Assembleia Nacional, controlada pela oposição a maduro. O Supremo afirmou que o órgão é ilegítimo e suas decisões, inválidas.
Na semana passada, a Assembleia Nacional disse que Maduro era um "usurpador" do poder e ofereceu anistia aos membros das forças armadas e do governo caso eles rompam com o presidente.
"Eles já estão confessando detalhes e a primeira coisa que disseram foi que eles receberam ofertas de casas e castelos, mas foram deixados sozinhos, eles foram enganados. Nós venceremos", acrescentou Cabello sobre os rebeldes, sem especificar quem alegadamente fez a oferta.
As forças armadas dispararam gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que se reuniram do lado de fora do posto de comando onde os soldados foram detidos. Manifestantes batiam panelas e bloquearam ruas.
"Se eles se unirem ao nosso país, estamos com eles, vamos ficar nas ruas. Liberdade!" gritou uma mulher. "Queremos que Maduro vá embora, estamos fartos", acrescentou um homem.