Rússia revela que seus dados sobre derrubada do MH17 foram ignorados

© Sputnik / Maksim BlinovParte reconstruída do Boeing 777 da Malaysia Airlines (voo MH17) que foi abatido em 2014 no leste ucraniano
Parte reconstruída do Boeing 777 da Malaysia Airlines (voo MH17) que foi abatido em 2014 no leste ucraniano - Sputnik Brasil
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O Centro Conjunto de Investigação (JIT, em inglês) que estudou as circunstâncias da derrubada do avião MH17 da companhia Malaysia Airlines em 2014 na Ucrânia ignorou os dados apresentados pela Rússia sobre o míssil ucraniano que derrubou a aeronave, declarou à agência RIA Novosti o procurador-geral adjunto da Rússia, Nikolai Vinnichenko.

Segundo ele, a Rússia enviou à Holanda, país que encabeça o JIT, os dados dos radares russos, bem como documentos que confirmam que o míssil Buk responsável pela derrubada pertencia à Ucrânia.

"Está completamente provado que o míssil, cujos destroços foram demonstrados pelo JIP, era ucraniano. Porém, nós vemos de novo que o JIP […] fica calado, não reagindo à informação, mas já passaram 4 meses. Ninguém do JIP mostrou desejo de vir e examinar os documentos. Vou sublinhar que o JIP não revelou nenhum interesse por esses documentos", ressaltou Vinnichenko.

Além disso, o alto responsável russo afirmou que até agora não foram apresentadas provas sobre o alegado envolvimento de cidadãos russos na derrubada do MH17.

Caso MH17

Em 17 de julho de 2014, um Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines, que fazia o voo MH17 de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil quando sobrevoava a região de Donetsk, no leste da Ucrânia. A bordo da aeronave seguiam 298 pessoas, a maioria cidadãos holandeses; não houve sobreviventes.

Nikolai Parshin, chefe da Direção Principal de Artilharia e Mísseis do Ministério da Defesa russo, durante o briefing do ministério sobre novas provas no caso MH17 - Sputnik Brasil
Ministério da Defesa russo apresenta novas provas sobre derrubada do MH17
Kiev acusou a milícia de Donbass pela catástrofe, tendo esta negado as acusações, afirmando que as repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk não dispunham de armas capazes de abater uma aeronave.

Mais tarde, o Centro Conjunto de Investigação apresentou os resultados preliminares da segunda investigação da tragédia, segundo a qual o sistema Buk que derrubou o Boeing da Malásia era proveniente das Forças Armadas da Rússia.

Moscou não reconheceu os resultados, argumentando que os representantes russos não foram autorizados a participar da investigação, enquanto a equipe do JIT ignorou os dados e testemunhas da parte russa.

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