Departamento de Justiça dos EUA anuncia que pedirá a extradição da CFO da Huawei ao Canadá

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A CFO da gigante de tecnologia chinesa Huawei, Meng Wanzhou, foi presa na cidade canadense de Vancouver em 1º de dezembro de 2018, por supostamente não cumprir as sanções dos EUA contra o Irã. Agora, a executiva vai enfrentar um extradição para os Estados Unidos.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que enviaria em breve, um pedido oficial ao Canadá para extraditar Meng. O prazo para a apresentação do pedido oficial é de 30 a 60 dias, a contar da data em que Meng foi presa em Vancouver a pedido das autoridades americanas.

Journalists follow the presentation of a Huawei smartphone ahead of the IFA Electronics show in Berlin, Germany, September 2, 2015 - Sputnik Brasil
China exige que Canadá liberte executiva chinesa presa a pedido dos EUA
Reagindo ao anúncio, a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, disse que o Canadá não pediria aos EUA para abandonarem o caso contra Meng. Ao mesmo tempo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, afirmou que os EUA e o Canadá estavam violando seu acordo de extradição no caso de Meng Wanzhou.

Reação

A prisão de Meng foi criticada por Pequim, que exigiu às autoridades canadenses que libertassem imediatamente o cidadão chinês. As relações sino-canadenses ficaram ainda mais tensas após a detenção de dois cidadãos canadenses — o ex-diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor — na China, movimento visto como retaliação à prisão de Meng. 

A Huawei também tem expressado irritação com o caso. Convidado para falar ao Fórum Econômico Mundial em Davos, o presidente da companhia, Liang Hua reagiu à prisão. Em tom austero, o chinês disse que a empresa pode transferir tecnologia para países "onde somos bem-vindos".

Líder mundial em fabricação de infraestrutura em redes de telecomunicações e uma das pioneiras no desenvolvimento da tecnologia 5G, a Huawei é mais conhecida pela fabricação de smartphones. Dona de contratos governamentais em vários países no mundo, a companhia é acusada de driblar as sanções ao Irã e de cooperar com o governo chinês para espionar países terceiros. 

Recentemente, a empresa foi banida de concorrer a licitações nos EUA. Serviços de inteligência levantaram dúvidas sobre o relacionamento entre fundador da Huawei, Ren Zhengfei, com o Partido Comunista da China.

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