O anúncio da Casa Branca foi seguido pelos países da América Latina, inclusive o Brasil, que manifestaram apoio a Guaidó e à oposição venezuelana.
O membro da Assembleia Constituinte do Partido Socialista Unido (PSUV), Saúl Ortega, afirmou à Sputnik Mundo que o reconhecimento de Guaidó demonstra que "está em marcha um plano de intervenção contra a Venezuela pelos EUA, uma pretensão de colonizar este país".
"Guaidó não é algo mais de que um boneco dos gringos. Está chegando o tempo de batalha pela liberação do nosso país e pela expulsão do imperialismo e seus aliados da Venezuela. Submeter-se às pretensões territoriais de um país estrangeiro, neste caso do imperialismo estadunidense, é um ato de traição da pátria", opina Ortega, que anteriormente presidiu o Parlamento do Mercosul.
"Como todo o povo venezuelano, nós não aceitamos nem ingerência, nem intervenção gringa na Venezuela. Os traidores serão tratados como tal, como traidores da pátria", afirmou, acrescentando que "por enquanto na Venezuela há relativa paz e tranquilidade", apesar das pretensões do imperialismo de "perturbar a ordem pública e a paz da república".
"Nosso povo lutará pela sua tranquilidade e sua paz. Assim como lutamos pela nossa soberania e nossa independência", comentou Ortega.
Apesar de o reconhecimento de Guaidó como presidente interino ser dirigido à Venezuela, o deputado indicou que está sendo incorporado "um plano de recolonização da América latina e do Caribe".
"Recentemente, o presidente da Argentina [Mauricio] Macri e [seu homólogo do Brasil, Jair] Bolsonaro tomaram ações contra o Mercosul, o que nos indica que eles pretendem restabelecer a ALCA [Área de Livre Comércio das Américas], que é um projeto colonizador para toda a nossa América, para subordinar a América Latina aos interesses estadunidenses", concluiu.