"Ninguém tem o direito de, ilegalmente, remover do poder um chefe de Estado que recentemente venceu a eleições", disse Medvedev através de sua conta oficial no Twitter.
No one has the right to illegally remove from power the head of state who has just won an election, regardless of whether some countries or political forces like him as a person or not #Venezuela
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) 24 de janeiro de 2019
"Estamos testemunhando mais um chefe de Estado constitucionalmente 'eleito' pelo povo nas ruas, e um grupo de chefes de Estados apoiam esse quase golpe governamental", disse.
Por fim, o primeiro-ministro russo ainda faz um paralelo com um exemplo hipotético:
"Como o povo norte-americano responderia, por exemplo, se o a líder da Câmara dos Representantes [câmara baixa do Congresso do EUA] se autoproclamasse a nova presidente contra o paralisação do governo? Mas quando acontece em outro lugar é visto como prática comum", conclui.
Escalada na crise venezuelana
Ao mesmo tempo, milhares de apoiadores cercaram o Palácio de Miraflores, residência oficial do presidente, para manifestar apoio ao presidente Maduro, o que foi transmitido ao vivo pela emissora Telesur.
Na quarta-feira (23), o líder venezuelano da oposição, Juan Guaidó, autoproclamou-se o presidente interino da Venezuela durante uma manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas. Alguns países reconheceram sua autoproclamação, incluindo os EUA, o Brasil e o Canadá.