Anteriormente, o presidente venezuelano Nicolás Maduro rompeu as relações diplomáticas com os EUA após Donald Trump ter reconhecido o oposicionista Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Maduro deu 72 horas à equipe diplomática dos EUA para deixar o país, em um anúncio feito quando se dirigia a seus partidários de uma varanda do palácio do governo.
"Eles disseram que não saem porque não reconhecem Nicolás [Maduro]. É possível que desapareça a luz na área [da Embaixada] e não chegue o gás, com tantos problemas que há nesse país", declarou Diosdado Cabello.
Antes, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou que o país tomaria todas as medidas necessárias para responsabilizar qualquer pessoa que ameace a segurança dos diplomatas norte-americanos.
Crise política na Venezuela
A situação na Venezuela piorou consideravelmente após a posse de Nicolás Maduro, reconduzido ao poder em 10 de janeiro último. Os EUA, a União Europeia e um grupo de países da América Latina se pronunciaram contra o segundo mandato de Maduro, qualificando-o como "usurpador", pois afirmam que ele foi eleito de maneira "fraudulenta".
Em 23 de janeiro, o oposicionista Juan Guaidó fez um pronunciamento durante uma manifestação contra o governo de Nicolás Maduro e se declarou presidente interino da Venezuela. Os EUA, União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram apoio a Guaidó e à oposição venezuelana.
A Rússia declarou que a sua posição sobre o reconhecimento de Nicolás Maduro como presidente legítimo da Venezuela não mudaria, assinalando que a posição dos países ocidentais mostra a forma como eles encaram o direito internacional, a soberania e a não interferência nos assuntos internos dos países.