Evo Morales vence primárias para tentar 4º mandato na Bolívia

© AFP 2023 / GAIZKA IROZEvo Morales após receber o Doctor Honoris Causa na Universidade de Adour, na França, em 7 de novembro de 2015
Evo Morales após receber o Doctor Honoris Causa na Universidade de Adour, na França, em 7 de novembro de 2015 - Sputnik Brasil
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Sob críticas da oposição, o atual presidente da Bolívia, Evo Morales, venceu as eleições primárias dentro de seu partido conquistando a maioria dos votos internos e a indicação pelo partido para a candidatura nas próximas eleições presidenciais na Bolívia.

Caso vença as eleições, Morales chegará ao 4º mandato consecutivo como presidente da Bolívia. A vitória nas eleições primárias foi oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral do país.

"Os candidatos Evo Morales e [seu vice-presidente] Álvaro García receberam 89,7% dos votos de seu partido, já contabilizados 77% das atas da votação", disse a presidente do Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia, María Eugenia Choque, ao apresentar durante uma coletiva de imprensa os resultados oficiais preliminares das eleições internas no partido.

Ao lado de Morales, outros oito candidatos opositores também foram confirmados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do país. As eleições de outubro deste ano colocam em disputa o mandato presidencial de 2020 a 2025.

Dentre os mais votados, estão também o candidato de direita, Oscar Ortiz, que obteve 71% dos votos dentro da frente 21F, enquanto o neoliberal Carlos Mesa garantiu 81% dentro do Comunidade Cidadã. Já o indígena Félix Patzi, teve 67% dos votos do Movimento Terceiro Sistema.

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Os outros candidatos qualificados foram Ruth Nina, do Partido Ação Nacional Bolívia, Jaime Paz Zamora, do Partido Democrata Cristão, Víctor Hugo Cárdenas, do Unidade Cívica e Solidariedade, Virgino Lema, do Movimento Nacionalista Revolucionário e Israel Rodríguez, do Frente para a Vitória.

A validação da candidatura de Morales já era dada como certa pois ele participou do pleito interno de seu partido, o MAS, como chapa única. O que se repetiu nas candidaturas opositoras.

Os opositores de Evo Morales alegam a candidatura do atual presidente boliviano é ilegal, porém ela foi aceita pelo TSE em cumprimento a uma sentença do Tribunal Constitucional do país. A sentença tirou o efeito de um referendo realizado em 21 de fevereiro de 2016 que teve como resultado o rechaço à possibilidade de uma nova reeleição de Morales. O referendo é citada por uma das chapas opositoras, a da frente "Bolívia disse Não", sob a sigla 21F.

A votação nas primárias do MAS foi 10 vezes maior que a dos oito outros partidos combinados, chegando a 350 mil votos com 80% da apuração concluída.

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