Em entrevista ao RT, Arreaza explicou que Venezuela está procurando conter os EUA como a força que está dirigindo o esforço multinacional para derrubar o governo de Caracas.
"Desta vez, o governo dos EUA não está apenas por trás de um golpe de Estado, mas o lidera. Estamos concentrados em neutralizar os ataques de Washington, o que, por sua vez, neutralizaria os ataques e posições de todos os governos controlados pelos EUA na América Latina e na Europa", afirmou Arreaza.
"A cooperação com a Rússia, desde o tempo do ex-presidente Hugo Chávez, continuou se aprofundando ao longo dos anos. Nós achamos que o presidente Vladimir Putin e o líder venezuelano Nicolás Maduro conseguiram elevá-la a um novo nível. [Rússia e Venezuela] cooperam nas esferas econômica, industrial, agrícola, financeira e militar, essa cooperação sempre existiu", disse Arreaza.
Ao mesmo tempo, ele observou que a cooperação entre a Rússia e a Venezuela na esfera militar sempre tem sido ampla, mas a Venezuela não pediu assistência militar à Rússia para resolver a crise interna.
No dia 23 de janeiro, o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante um ato realizado nas ruas de Caracas. Os EUA, União Europeia e uma série de países da América Latina, inclusive o Brasil, manifestaram seu apoio a Guaidó e à oposição venezuelana. Nicolás Maduro recebeu apoio da Rússia, Cuba, México, Bolívia, Nicarágua, Turquia e Irã.