O fundo sugeriu que a falta de avanços na aprovação da reforma da Previdência e no reequilíbrio das contas públicas pode agravar os riscos para a economia do país e reduzir o crescimento da América Latina.
"Essa análise é baseada em variáveis analisadas periodicamente, não é um número que caiu do céu. Realmente tem um fundo de verdade nessas possibilidades", disse.
Há duas semanas, o fundo elevou de 2,4% para 2,5% a previsão de crescimento para a economia brasileira em 2019. Em compensação, o órgão diminuiu de 2,3% para 2,2% a estimativa para 2020.
O FMI elogiou a agenda de reformas do governo, mas informou que as projeções de crescimento só serão alcançadas caso as medidas avancem.
Michelle Nunes elogiou as reformas propostas pelo governo Bolsonaro, como a Reforma da Previdência, e explicou que o sucesso econômico de Bolsonaro será explicado através da aprovação das reformas.
"O governo tem que administrar suas finanças como qualquer família, ele tem que reduzir os gastos públicos com o que ele arrecada. E essas propostas são o que precisamos, mostram um país coerente, responsável", afirmou.
"O sinal que ele [FMI] está dando [é de confiabilidade ao governo. Tanto é que índices financeiros só mostram mais dinheiro, mais ponto na Bovespa, mais volume, mais fluxo e isso mostra que a sociedade, o mercado, está gostando dos sinais [apresentados pelo governo Bolsonaro]", comentou.
O FMI projeta crescimento de 2% para a economia da América Latina em 2019 e 2,5% em 2020. Segundo o fundo, essa expansão está bem abaixo de economias emergentes em outras regiões do planeta.