Sabe-se que as erupções de vulcões extratropicais ativos, tais como Kasatochi, no Alasca, e Sarychev, na Rússia, injetam enxofre na estratosfera inferior, mas o seu impacto no clima tem sido fraco e de curta duração, de acordo com estudos prévios.
Porém, os investigadores do Centro Helmholtz de Pesquisa Oceânica Kiel (GEOMAR), do Instituto Max Planck de Meteorologia em Hamburgo e da Universidade de Oslo, juntamente com colegas da Suíça, dos EUA e Reino Unido, rejeitaram essa hipótese na revista Nature Geoscience.
As suas investigações de tarolos de gelo que contêm enxofre mostraram que durante os últimos 1.250 anos as erupções de vulcões extratropicais na verdade deviam levar ao esfriamento da superfície no hemisfério norte. Então, eles refrigeram a atmosfera mais do que seus análogos tropicais, mesmo lançando a mesma quantidade de enxofre.
Segundo o último estudo, nas latitudes norte o tempo de vida do enxofre em aerossol é pouco menor que nos trópicos, ao contrário do que se pensava antes. Além disso, neste caso a influência sobre o clima se limita ao hemisfério norte, o que aumenta o esfriamento da atmosfera.
O estudo ajudará os cientistas a medir com maior precisão o nível do impacto das erupções vulcânicas na variabilidade climática, supondo que o clima no futuro seja afetado por erupções extratropicais explosivas.