O diretor da inteligência nacional, Dan Coats, alertou que o Irã provavelmente atacará Israel, caso Tel Aviv efetue um novo ataque aéreo contra alvos iranianos na Síria.
"Nós avaliamos que o Irã procura contornar um maior conflito armado com Israel. Entretanto, os ataques israelenses que resultam em casualidades iranianas aumentam a probabilidade de retaliação convencional iraniana contra Israel", afirmou Coats.
Em um relatório anual de ameaça global, Coats alega que Teerã está se empenhado para expandir influência na Síria, o que provocou os ataques aéreos israelenses.
O chefe da inteligência também ressalta que comentários similares foram feitos por oficiais israelenses, incluindo o presidente Reuven Rivlin, que alertou sobre a possibilidade de o Irã "intensificar suas respostas" com relação aos ataques das forças israelenses na Síria.
As tensões entre os dois países continuam aumentando devido aos ataques aéreos israelenses na Síria, em uma tentativa de atingir as posições iranianas na região. O Irã, por sua vez, respondendo aos ataques, promete "eliminar Israel do mapa político".
"Declaramos que se Israel tomar qualquer ação para desencadear uma guerra contra nós, isso definitivamente levará à sua própria eliminação e à libertação dos territórios ocupados", enfatizou o subcomandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, general de brigada Hossein Salami.
Recentemente, Israel realizou múltiplos ataques aéreos durante dois dias contra alvos iranianos, contudo os sistemas de defesa antiaérea da Síria foram capazes de interceptar aproximadamente 30 mísseis antes que atingissem seus alvos.
Israel repetidamente acusa o Irã de ter uma presença militar na Síria. No entanto, Teerã refuta consistentemente as alegações, insistindo que sua presença militar no país é limitada ao envio de assessores militares a pedido de Damasco para ajudar a combater o terrorismo.