Dessa maneira, a Força Aérea dos EUA pode ficar sem o novo avião de reconhecimento, frustrando qualquer esperança que possuía com relação ao avião furtivo de reabastecimento, que seria capaz de realizar operações próximas à linha de frente.
Além disso, o serviço anunciou que seu novo programa OA-X, referente a uma aeronave de ataque leve, também não possui um prazo definido, ou seja, a Força Aérea norte-americana provavelmente tenta cortar seus programas para refletir a mudança do cenário mundial, além de possuir outras prioridades, como o desenvolvimento de mísseis e novas aeronaves.
Dave Goldfein, chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, afirmou em entrevista ao Aviation Week & Space Technology que "os dias de comprar plataformas individuais que descrevemos como mudança de jogo — esses dias ficaram para trás".
Além disso, o Pentágono planeja reforçar o KC-46 com uma nova aeronave, o KC-Z que, diferentemente do KC-46A, seria uma aeronave furtiva de reabastecimento, capaz de voar na linha de frente, apoiando as aeronaves como, F-22 Raptor, F-35 Joint Strike Fighter e o B-21 Raider.
Contudo, o KC-Z teria um custo muito elevado. Além disso, o B-2 Spirit poderia ser utilizado como base para o KC-Z, contudo, não está pronto para ser convertido em um avião de reabastecimento, para isso seria necessário um longo e custoso período de desenvolvimento.
Outro problema que a Força Aérea dos EUA enfrentará é o orçamento. Isso porque, nos próximos 15 anos, os norte-americanos devem construir o bombardeiro B-21 Raider, estocar os F-35, comprar o jato de treinamento T-X, desenvolver um caça de sexta geração e um míssil balístico intercontinental. Com isso, os norte-americanos gastariam em torno de US$ 10 bilhões (R$ 37 bilhões) em cada programa.
Além disso, para substituir os existentes KC-135 e KC-10, seriam necessários 455 novos aviões.
Com relação ao programa de um jato de ataque leve, os EUA pretendiam criar uma aeronave capaz de enfrentar combates que não exigem grandes capacidades, mas apenas um apoio ou conflitos de baixa intensidade, como no Afeganistão.
Contudo, os EUA gastariam dinheiro em um conflito do passado, ao invés de se preparar para um eventual conflito futuro contra modernos sistemas de defesa antiaérea desenvolvidos pela Rússia e China.