Segundo o parlamentar alemão Roderick Kizevetter, o posicionamento do novo armamento do outro lado dos Urais, ou seja, mais longe da fronteira ocidental russa, faria com que a Europa ficasse fora do raio de alcance dos mísseis 9М729, o que defenderia a Europa da ameaça de uma nova corrida armamentista.
O parlamentar assinalou que, devido ao sólido escudo antimíssil da OTAN, a Rússia está preocupada por não conseguir lançar um ataque de retaliação a tempo.
Kizevetter afirmou que o posicionamento dos 9М729 exige um rigoroso monitoramento, já que esses mísseis podem ser deslocados em uma noite para a parte ocidental da Rússia em transporte ferroviário ou rodoviário.
"De certa forma, perto de cada lançador deve estar um observador", cita as suas palavras a edição.
Além disso, o político alemão ressaltou que, na qualidade de medida de resposta, os EUA poderiam permitir à Rússia inspecionar os mísseis interceptores na Romênia.
Em 2 de fevereiro, os EUA notificaram oficialmente sobre a suspensão de sua participação no tratado bilateral INF e sobre o início do procedimento de saída. O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a resposta de Moscou à decisão dos EUA será proporcional: a Rússia irá suspender a sua participação do tratado.
O Tratado INF, assinado por Washington e Moscou em 1987, não tem data de expiração e proíbe as partes de terem mísseis balísticos terrestres ou mísseis de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.