As declarações do ex-oficial foram feitas em uma entrevista televisionada no canal alemão NDR, em dezembro de 2018. No dia 31 de janeiro, a porta-voz do programa para o qual a entrevista foi gravada voltou a falar sobre a questão.
Acredita-se que tais pronunciamentos poderiam constituir um crime de ódio, mais precisamente um "volksverhetzung" (incitação maciça), o que poderia lhe valer até cinco anos de prisão.
O ex-oficial acabou causando um debate sério, 75 anos após o massacre, ao justificar o acontecimento: "Se eu os prendesse, respondia por eles. E se tentassem fugir, tinha o direito de atirar neles".
Durante a entrevista, ele ainda questionou a veracidade do número de vítimas judaicas do Holocausto, negando que "não havia seis milhões de judeus na Alemanha na época" e que o "número está incorreto".
"Não, não me arrependo de nada. […] Por que eu deveria me arrepender? Não disparei nenhum tiro", respondeu o ex-funcionário quando questionado se estava arrependido dos acontecimentos de 1944.
As consequências do massacre ainda estão enraizadas na população dessa região francesa, onde, após o ocorrido, cerca de 20 mil pessoas assistiram ao funeral das vítimas e aproximadamente 60 mil trabalhadores provocaram a maior greve já ocorrida na França.