A medida tomada pelo braço executivo da UE visa proteger a produção de países produtores de aço do bloco europeu.
"Em março do ano passado o governo Trump colocou muitas barreiras para o mercado americano e quem exportava aço para os Estados Unidos começou a redirecionar as suas vendas para outras regiões do mundo, entre elas a Europa", afirmou.
Spadale diz que a indústria siderúrgica brasileira teme que, além de não conseguir exportar para a Europa parte de sua produção, o aço europeu acabe entrando no mercado brasileiro por conta das dificuldades encontradas para exportar para os EUA.
"Nós temos um duplo desafio agora no Brasil. Primeiro são esses acessos mais restritos ao mercado europeu e ao mercado americano. Em segundo lugar há o temor de um aumento nas vendas do aço de outros países para o Brasil", comentou.
"É uma cota muito restritiva [para os laminados quentes de aço inoxidável]. É uma cota para o mundo inteiro de 26 mil toneladas e nos parece muito insuficiente. Só o Brasil exporta 14 mil toneladas desse produto para lá, então já é mais da metade da cota", completou.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota em que criticou a medida e disse que, "tem dialogado com a União Europeia com o objetivo de preservar as exportações das empresas nacionais".
No ano passado, os Estados Unidos sobretaxaram as importações de aço de outros países. Após gestões do governo, o aço brasileiro ficou fora da medida.
Ouça a entrevista: