Nicolás Maduro declarou durante a entrevista ao RT que a razão por que os EUA querem intervir militarmente na Venezuela são os recursos naturais, o petróleo, o gás e o ouro, bem como a "riqueza moral da revolução bolivariana".
"Nós temos armas de destruição em massa? Nós somos uma ameaça para a segurança dos EUA?", perguntou o líder venezuelano.
"O 'casus belli' é a riqueza moral da revolução bolivariana, acabar com uma revolução que dá exemplo de independência e justiça social", afirmou Maduro, assinalando que o presidente dos EUA Donald Trump "deve retirar imediatamente a sua ameaça militar contra um povo pacífico e nobre, o povo da Venezuela".
Segundo Maduro, a diplomacia da paz e a opinião pública mundial devem ajudar a evitar uma invasão norte-americana, que resultaria "irreparável do ponto de vista de perdas militares e humanas" para Washington. Ele prometeu que aproveitaria "cada mídia para pedir ao mundo inteiro que saia em paz para denunciar e deter a loucura de Donald Trump".
A crise política venezuelana se agravou no dia 23 de janeiro, depois que o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante protestos antigovernamentais realizados nas ruas de Caracas.
Os EUA, vários países da Europa e da América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram o líder da oposição como presidente interino legítimo do país. A Rússia, China, México, Turquia, Noruega e Uruguai estão entre as nações que manifestaram seu apoio a Maduro como chefe de Estado legitimamente eleito do país.