O veículo submarino não tripulado (UUV) "poderia penetrar qualquer contramedida de guerra submarina e outros sistemas de defesa inimigos devido a um sistema de controle totalmente autônomo", revelou uma fonte militar russa.
A mesma fonte também lança mais luz sobre a arma secreta, cujas muitas das informações são classificadas.
O Poseidon será capaz de mergulhar a mais de 1 km e, a essa profundidade, o motor pode impulsioná-la a 200 km/h, acrescentou a fonte. "Em resumo, os recursos intelectuais e de propulsão tornam o veículo invencível e garantem que ele atinja o alvo", acrescentou.
O torpedo secreto deve ser carregado por um submarino de propulsão nuclear da Marinha Russa.
Embora a velocidade de Poseidon e a profundidade máxima de mergulho possam parecer surpreendentes para o público, as tecnologias desenvolvidas nos tempos soviéticos podem fornecer pistas sobre como isso se tornou possível.
Por exemplo, o submarino russo de propulsão nuclear K-278 Komsomolets chegou a atingir uma profundidade recorde de 1.027 metros no mar da Noruega, disse Mikhail Khodarenok, um especialista militar russo.
"A 800 metros ela foi capaz de disparar torpedos simulados através de seus tubos", declarou o especialista.
Da mesma forma, houve um torpedo ultra-rápido que entrou em serviço com a Marinha Soviética em 1977. Apelidado de "Shkval" (Rajada), a arma anti-navio poderia viajar a 200 nós ou 370 km/h sob a água devido ao seu foguete de combustível sólido de seus motores.
"Se muito disso foi feito há muito tempo, então por que essas características não podem ser reproduzidas hoje, especialmente devido ao fato de que todas as tecnologias, agências de design, desenvolvedores e tradições foram preservadas?", questionou o especialista.
É muito provável que o Poseidon possa mergulhar muito mais fundo e se mover muito mais rápido do que o reconhecido publicamente, sugeriu ele. Tudo disponível nas fontes abertas "é para esconder os recursos de desempenho real" do UUV, o especialista argumentou. Ele disse ainda que isso é "prática comum".
