Trata-se do sismógrafo SEIS (sigla em inglês para Experimento Sísmico para Estrutura Interior), que estudará o interior do Planeta Vermelho por meio de ondas sísmicas que atravessam as camadas marcianas. O instrumento foi coberto por um "revestimento" especial que o protege contra poeira, vento e vibração, comunica o serviço de imprensa do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
"A [variação de] temperatura é um dos nossos maiores pesadelos […] Isso evita que o [sismógrafo] SEIS aqueça demais durante o dia ou se esfrie demais à noite. Em geral, queremos manter a temperatura o mais estável possível", disse Bruce Banerdt, chefe da missão InSight da NASA na Califórnia.
A bordo do módulo está instalado um sismógrafo, bem como um termômetro geofísico, que será colocado em uma perfuração de cinco metros para medir a temperatura das profundezas de Marte.
Um dos dispositivos da sonda irá rastrear com grande precisão as flutuações da rotação do planeta, o que ajudará a determinar a distribuição da massa no núcleo do planeta e entender melhor sua estrutura interna.
Somente no início de fevereiro é que o "braço" robótico do módulo de pouso tapou a sonda com uma cobertura de proteção especial para a proteger das alterações de temperatura, da areia e do vento marciano.
Na próxima semana, os cientistas vão começar a instalar o segundo instrumento principal do InSight, que é a plataforma de perfuração HP3. Este procedimento, de acordo com as estimativas atuais dos peritos da NASA, demorará muito mais tempo do que a ativação do SEIS e levará pelo menos dois ou três meses.
O lançamento da sonda inicialmente estava planejado para março de 2016, mas devido a falhas, seu envio foi adiado para o primeiro semestre de 2018. Já no final de dezembro, o módulo abriu com êxito os painéis solares e instalou o sismógrafo em um dos pontos mais planos e seguros na sua proximidade.