Na imagem, é possível notar detalhadamente o delta de um rio que em algum momento de sua existência teve água em abundância.
A imagem foi captada graças aos filtros infravermelhos do sistema de imagem de superfície a cores e estéreo (CaSSIS) da missão ExoMars Trace Gas Orbiter em conjunto com a ESA e a Agência Espacial russa (Roscosmos).
A câmera da órbita da missão girou seu telescópio e tirou fotos a partir de vários ângulos, que formaram uma imagem 3D, disponível no site da agência.
A forma de delta é o resultado dos sedimentos que em algum momento da história de Marte foram levados pela água do rio ao se chocar com uma massa de água constante, como a de um lago ou um mar.
Sendo a mesma ocorrência encontrada no Delta do Nilo, no Egito, ou até mesmo em Titã, uma das luas de Saturno, explica a ESA.
Também ressaltam que a julgar pelo delta da cratera Eberswaldel, a água em estado líquido tem um papel fundamental na configuração da superfície do Planeta Vermelho.
A ESA modificou a imagem com o objetivo de representar as rochas que formam os depósitos de sedimentos do delta em tons que vão do branco ao azul, passando pelo amarelo e roxo.
Sendo que o amarelo indica a presença de depósitos de ácido oxidado, que é consequência do contato com a água líquida no passado. A cor azul representa materiais menos alterados.
A ESA explica que a influência da água líquida foi reduzida com o tempo, possivelmente devido a uma mudança nas condições ambientais.