A sentença foi dada pela juíza federal Gabriela Hardt, que substituiu o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, na 13ª Vara Federal de Curitiba, cidade onde Lula está preso desde abril do ano passado, condenado a 12 anos e um mês no caso do tríplex do Guarujá.
A magistrada entendeu que procediam as acusações de que o sítio em Atibaia seria parte de propinas da ordem de R$ 1 milhão ao ex-presidente, pagas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Schahin. As empresas também realizaram reformas no local.
Oficialmente, o sítio está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacob Bittar. Um dos pontos levantados pelo Ministério Público foi o fato de que, em depoimento, Fernando Bittar ter negado o pagamento pelas reformas no sítio.
No total, segundo os investigadores da Operação Lava Jato, o imóvel em Atibaia passou por três reformas: uma sob comando do pecuarista José Carlos Bumlai – outro amigo de Lula –, no valor de R$ 150 mil; outra da Odebrecht, de R$ 700 mil; e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil, em um total de R$ 1,02 milhão.
Já a defesa de Lula reforçou as negativas de propriedade dadas por Lula ao longo de todo o processo, como ocorrera antes no caso do tríplex do Guarujá.
A condenação do petista no caso do sítio é a segunda no âmbito da Lava Jato. Um outro processo que aguarda sentença é o dos supostos pagamentos de propinas da Lula pela Odebrecht, por meio da compra de um terreno para o Instituto Lula e um apartamento vizinho ao do ex-presidente em São Bernardo do Campo.