O projeto, chamado oficialmente de Constant Peg, era secreto e funcionou de 1978 a 1988. Durante esse período, foram realizados mais de 15.000 voos de combate e formados mais de 6.000 pilotos para lutar contra os caças MiG-17, MiG-21 e MiG-23.
A atividade das Águias Vermelhas tinha o objetivo de proporcionar uma experiência realista de combate aéreo aos pilotos norte-americanos. Por este motivo, operavam diferentes caças de fabricação soviética.
"Averiguamos como funcionavam e seus aspectos técnicos. Logo, nossos pilotos de testes se colocaram aos comandos para averiguar o quão rápidos eles eram, a altitude que podiam atingir e avaliar sua manobrabilidade", afirmou Peck.
Durante a operação, um aeródromo secreto foi construído especificamente para a esquadrilha no campo de testes de Tonopah, localizado próximo da base aérea de Nellis.
Os engenheiros utilizaram uma complicada engenharia inversa para manter as aeronaves na ausência de peças de reposição.
"Uma coisa é lutar contra um caça, porém, outra bem diferente é combater contra um caça que nunca viste e sem conhecer suas capacidades. É uma história completamente diferente", segundo Don Lyon, um dos responsáveis pela manutenção.
Lyon também ressaltou que grande parte das aeronaves não estava em condições de voar, sendo necessário um grande esforço para torná-las aptas a operar.
O nível de secretismo era tão alto que os pilotos envolvidos no projeto se disfarçavam, deixando a barba crescer e o cabelo comprido para não se parecerem com pilotos e evitar serem relacionados com a Força Aérea.
Por sua vez, o comandante das Águias Vermelhas entre 1985 e 1987, John Manclark, afirmou que a esquadrilha teria à sua disposição 26 caças, principalmente MiG-21 e MiG-23, segundo a revista The National Interest.
Apesar de ser um documentário relativamente pequeno, ele mostra um grande número de imagens exclusivas dos voos dos caças soviéticos ao lado das aeronaves norte-americanas.