Guaidó diz que bloqueio de ajuda humanitária é 'quase genocida'

© AFP 2023 / YURI CORTEZ / AFPJuan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, durante a entrevista à agência AFP em Caracas, em 8 de fevereiro de 2019
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O líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido por cerca de 50 países como o presidente interino da Venezuela, advertiu neste domingo (10) os militares que bloquear a entrada da ajuda humanitária no país é um "crime contra a humanidade".

A advertência ocorre quando a ajuda internacional tem sido o centro das atenções em um teste de poder entre Guaido e o presidente Nicolás Maduro.

Medicina e alimentos enviados pelos Estados Unidos foram bloqueados durante três dias na fronteira em Cucuta, na Colômbia, depois que soldados venezuelanos fecharam a ponte entre os dois países.

No lado venezuelano da fronteira, dezenas de médicos protestaram no domingo exigindo a ajuda — incluindo o cirurgião José Luis Mateus de la Riva, que acusou Maduro de levar a medicina venezuelana de volta a "era medieval".

"Há pessoas responsáveis ​​por isso e o regime deveria saber disso", disse Guaidó depois de assistir à missa de domingo com sua esposa e bebê de 20 meses. "Isso é um crime contra a humanidade, homens das forças armadas."

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O opositor disse que o bloqueio era "quase genocida" e também que os militares seriam responsabilizados pela morte de manifestantes — e reafirmou seu apelo por uma marcha na terça-feira em memória das estimadas 40 pessoas mortas em distúrbios desde janeiro.

Guaidó ofereceu anistia para qualquer membro das forças armadas que abandone Maduro — mas a liderança militar ainda apoia publicamente o presidente.

No domingo, os militares venezuelanos anunciaram que começaram a realizar exercícios, programados até 15 de fevereiro em todo o país, para "reforçar a capacidade defensiva do país".

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