"Faremos investimentos para que nossos soldados, militares e milícias tenham o armamento mais avançado […] A Venezuela terá [tudo] desde o Igla [míssil portátil russo] nas mãos de sua milícia e dos militares até os mísseis mais avançados, porque a Venezuela quer paz", disse Maduro em frente a militares, um discurso transmitido na conta oficial de seu Twitter, no domingo (10).
Enquanto discursava, o líder do país latino-americano destacou que seu povo é uma grande força que deve se levantar para defender a pátria, além de afirmar que os soldados venezuelanos estão prontos para morrer pelo seu país.
"Somos um país pacífico e não estamos envolvidos em conflitos com ninguém. No entanto, outros [países] não devem tentar entrar em conflito conosco e nos ameaçar", advertiu o presidente.
No dia 10 de fevereiro, Maduro anunciou oficialmente o maior exercício militar da história da Venezuela, que durará até dia 15 de fevereiro, com a participação de militares e milícias.
A crise interna de Caracas se agravou no dia 23 de janeiro, quando o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino do país. Os militares expressaram apoio ao atual chefe de Estado, apesar de dezenas de países terem apoiado Guaidó, considerando a reeleição de Maduro no ano passado como ilegítima.
A China e a Rússia estão entre os países que manifestaram apoio a Maduro, opondo-se categoricamente a qualquer interferência externa nos assuntos internos da Venezuela.