Série bombástica cita Jesus como sendo grego e destruição de Torre de Babel por ETs

© Foto / Pixabay / CouleurEscultura de Jesus Cristo (imagem de arquivo)
Escultura de Jesus Cristo (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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O documentário de 2017 "Conspirações Bíblicas", produzido pela Amazon Prime, vem ultimamente chamando a atenção com seus episódios contraditórios e polêmicos.

Em um dos episódios, a série relata a história do pregador religioso grego Apolônio de Tyan (nascido em 3 ou 4 a.C. na Anatólia Central), afirmando que ele, e não Jesus Cristo de Nazaré, é o verdadeiro "filho de Deus", segundo Daily Mail.

Ambos retratados como tendo barbas longas, Jesus e Apolônio foram pregadores e fizeram milagres no primeiro século d.C.

O documentário ainda explica que Apolônio ganhou destaque ao acumular seguidores religiosos enquanto pregava e fazia milagres, tendo sido discípulo de Pitágoras e renunciado à carne, ao vinho e às mulheres.

"Ao contrário de Jesus, há provas de que Apolônio realmente existiu", afirma-se no seriado.

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Já em outro episódio polêmico, o documentário acrescenta uma interpretação extraterrestre na história do bíblico Livro do Gênesis da Torre de Babel — o mito usado para explicar as diferentes línguas faladas no mundo.

Após o Grande Dilúvio, os descendentes de Noé, que viviam em uma terra e falavam uma única língua, decidiram construir uma torre até o céu e uma cidade ao redor da torre, segundo está escrito no Gênesis 11:1-9. Ao ver as pessoas erguendo essa construção, Deus ficou furioso e espalhou a humanidade pela Terra.

Bíblia (arquivo) - Sputnik Brasil
Bíblia revisada: Sodoma e Gomorra teriam sido destruídas por impacto cósmico?
Tal história teria servido para explicar biblicamente a origem das diferentes línguas, o que, para muitos pesquisadores, não deve ser interpretada literalmente. Outros ainda acreditam que a torre existiu e que era parecida com os zigurates — antigos monumentos religiosos encontrados no Oriente Médio. Além disso, a Bíblia não menciona como a torre foi destruída.

Já o filme, que documenta o mito, afirma que o ambicioso projeto foi frustrado por uma raça alienígena agindo por ordem de Deus.

"A Torre de Babel foi considerada um mito por muitos estudiosos", diz o documentário, alegando que uma série de cilindros encontrados na antiga cidade babilônica de Borsippa, no Iraque, poderia ter montado a enorme torre.

"Diz-se que a torre foi destruída por Deus, mas, na realidade, o texto nos diz que foi [destruída por] uma estranha raça alienígena, chamada Anunnaki […] Esses Anunnaki foram descritos como vindo dos céus, enviados para guiar os humanos", detalha a série, adicionando que "em tempos passados, eles seriam chamados de anjos, mas hoje nós os chamaríamos de alienígenas".

CC0 / / A Torre de Babel, pintura a óleo de Pieter Bruegel
A Torre de Babel, pintura a óleo de Pieter Bruegel - Sputnik Brasil
A Torre de Babel, pintura a óleo de Pieter Bruegel
Os Annunaki teriam sido divindades que aparecem em antigos sumérios e mitos babilônicos. O documentário os relaciona aos nefilins (gigantes), que são os descendentes de "filhos de Deus" (seres celestiais que se crê serem anjos caídos do céu) e mulheres humanas, que habitavam a Terra antes do Grande Dilúvio.

Naturalmente as críticas à série foram pesadas, com alguns espectadores declarando que a conspiração bíblica "tenta lançar dúvidas sobre a Bíblia sem nenhuma evidência histórica ou entrevistas com especialistas confiáveis, apenas pura conjectura".

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