Um glaciologista da NASA descobriu a cratera sob o gelo na parte noroeste da Groenlândia, debaixo do glaciar Hiawatha. Ainda não há informações sobre como ela se formou, mas os cientistas acreditam que isso aconteceu há mais de 80 mil anos, segundo reporta o Daily Mail, que acrescenta que essa é a primeira cratera descoberta por baixo do manto de gelo.
"Estudamos a Terra de muitos modos diferentes, a partir do solo, do ar e do espaço – é emocionante que descobertas como essas ainda sejam possíveis", disse Joe MacGregor, glaciologista do Centro de Voos Espaciais Gooddard da NASA, que participou da descoberta.
"Ajudar a identificar uma grande cratera de impacto sob o gelo já foi muito excitante, mas agora parece que pode haver duas", acrescentou o pesquisador.
Segundo os dados obtidos, a cratera tem cerca de 36,5 quilômetros de largura, o que a torna a 22ª maior cratera de impacto do planeta.
Existe a possibilidade de que ela seja uma caldeira vulcânica desmoronada, mas essas estruturas de colapso são geralmente acompanhadas por uma anomalia magnética, o que não é o caso da depressão descoberta recentemente, afirmam os cientistas.
The verdict? It’s possible that two craters 🕳🕳 formed at different times ⏰ in Earth’s history. All it took were data from NASA satellites 🛰 and airborne missions ✈️ like Operation #IceBridge to reveal where the craters were hiding. pic.twitter.com/2EVi2XpR1g
— NASA ICE (@NASA_ICE) 11 de fevereiro de 2019
Se esta é realmente uma cratera de impacto, ela deve ter se formado há mais de 79 mil anos, porque esta é a idade estimada da camada de gelo, elucidam os pesquisadores. A outra possibilidade improvável é que todo o gelo nesta área tenha derretido durante esse período.
Os pesquisadores estão atualmente tentando determinar se a depressão se formou simultaneamente com a descoberta em novembro. É possível que as duas crateras tenham se formado quando um asteroide dividido atingiu nosso planeta. No entanto, a idade do gelo no topo de ambas é diferente.